A esperança das crianças tem uma força semelhante a das águas de um rio. Se a água tem o poder demover moinhos, a esperança tem o de mudar o mundo. Na sexta-feira, dia 17, as crianças deram uma verdadeira lição de moral aos adultos. Estudantes da Escola Municipal Cândido Rondon, de Três Coroas, soltaram centenas de peixes no Rio Paranhana, na esperança de repovoar esse recurso hídrico. A intenção é preservar as espécies de água doce, controlar a proliferação de mosquitos e equilibrar o ecossistema. A ação faz parte de um projeto desenvolvido em aula, que tem o objetivo de proporcionar momentos de reflexão sobre a importância do cuidado com o Rio Paranhana. Por meio dele foram promovidas conversas, discussões e até um concurso de desenhos. Como premiação, os vencedores tiveram a oportunidade de participar da soltura dos peixes. A estudante Tauany dos Santos, de 9 anos, participou da ação e mostrou que pequenos gestos, se somados a outras ações, tornam-se grandes feitos. “Não devemos jogar lixo no rio, porque é essa a água que tomamos depois. Queremos recriar os peixes para que tenhamos uma boa fonte de água”, explicou a jovem. Após a soltura, os estudantes fixaram algumas placas que orientam as pessoas a não jogar lixo no rio. “Essa ação foi fundamental para que eles (estudantes) desenvolvam a consciência ambiental. É necessário que todos dêem valor ao nosso rio, que é tão bonito”, disse a professora de ciências, Tatiana Volkart, que acompanhou os trabalhos. A atividade foi fruto de uma parceria entre a escola e a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente (SMAMA). Conforme o titular da SMAMA, Claudiomiro Forti, ao todo estão sendo soltos no Rio Paranhana aproximadamente 3,5 mil alevinos de jundiá, cará e lambari. Segundo ele, quem destruir as matas ciliares pode ser penalizado. “A lei obriga que pelo menos 30 metros da vegetação das margens do rio e dos arroios sejam preservados. Quem destruir pode sofrer sanções e multas”, adverte Forti. De acordo com o secretário, quem presenciar qualquer tipo de agressão ao meio ambiente deve denunciar o crime à SMAMA, através do telefone (51) 3546-3390.
