Coordenado pela Smec, projeto será estendido a pais e familiares no próximo semestre.
Até o final de julho todas as escolas municipais de Três Coroas realizarão ações voltadas para a prevenção ao uso do crack. O projeto foi ajustado pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura que acompanhará as direções escolares nas suas ações. Conforme explicou a secretária da pasta, Tânia Haack, cada escola tem autonomia para decidir como e quando fará a ação. Poderão ser ministradas palestras, oficinas, bate-papos ou qualquer outra atividade, desde que o assunto seja levado à sala de aula ainda neste semestre.
Até o momento, a comunidade escolar está recebendo com satisfação as ações realizadas. De acordo com a SMEC, inicialmente os trabalhos contemplarão alunos de quinta à oitava séries que, no município, somam mais de 3.500 estudantes. “As atividades têm gerado muitos comentários” afirma Tânia, que relata com surpresa o interesse manifestado na participação dos alunos. Para a próxima metade do ano, explica a secretária, estas atividades serão estendidas para o grupo familiar do aluno. “A idéia é tratar desse tema de uma forma que ele alcance todos os níveis da sociedade” comenta Tânia.
Algumas escolas já estão levando aos alunos palestras com alguns grupos que tratam sobre a prevenção ao uso de entorpecentes. Foi o caso da Escola Municipal Cândido Rondon, cujos alunos da quinta à oitava série acompanharam testemunhos de uma equipe vinda de São Paulo, da escola Missão Track 1.8. O grupo é formado por estudantes da escola missionária que realizam o trabalho como um período de estágio da sua formação. Na palestra, Gabriel Ricardo, de 21 anos, relata como sua vida se transformou quando, há cinco anos, tornou-se usuário de drogas e como conseguiu ajuda para sair do vício.
O projeto é desenvolvido em parceria com igrejas, que normalmente fazem o convite à equipe para que palestre ao seu grupo. No entanto, a apresentação não tem caráter religioso, já que, ao contar suas experiências de vida, Ricardo não fala de religião, mas, sim, de uma oportunidade de escolha que todos têm. “Falar de escolhas é algo muito mais simples, porque depende só de nós. Neste caso, sair de uma situação de sofrimento depende muito mais da escolha de cada um”, conta Ricardo. O projeto dos missionários já percorreu diversas cidades da região, como Sapiranga, Campo Bom e Nova Hartz.